Autor:
Charles Luís de Secondat
Assunto:
História
Editora:
Livraria Editora Germape Ltda.
Sinopse:
Charles Luís de Secondat, senhor de La Brède e barão de Montesquieu, nasceu no ano de 1689, em La Brède, próximo de Bordéus. Fez bons estudos clássicos com os oratorianos de Juilly, completando-os com formação jurídica na Faculdade de Direito da Universidade de Bordéus. Três anos depois, encontrava-se em Paris adquirindo experiência prática de advogado. Como membro da aristocracia provincial entrou em 1714 no Parlamento (tribunal provincial) de Bordéus, presidindo-o de 1716 a 1726. Nesta data abandonou a magistratura para se dedicar inteiramente às letras e à investigação. Pouco depois de entrar para a Academia Francesa (1728), iniciou viagem pela europa, sendo especialmente importante sua estada na Inglaterra (1729-1731). Regressando à França, passou a maior parte da vida em Bordéus. Data de 1721 a primeira obra de Montesquieu, as Cartas Persas, que provocou grande escândalo. Para além da sua aparência de romance mais ou menos libertino, sobressaía um estudo extremamente denso, ousadamente desmistificador da sociedade de seu tempo; assim, numerosos costumes e instituições que aos franceses pareciam naturais e inevitáveis pela própria natureza das coisas, revelavam-se subitamente ridículos e absurdos, graças ao ardil literário de serem comentados por dois persas. Nem o sistema político em vigor nem a própria religião escapavam à crítica de Montesquieu, que se mostrava adepto da razão contra todas as espécies de despotismos ou de teologias. Em 1734 publicou Grandeza e Decadência dos Romanos, obra com que lançou os fundamentos da filosofia da história. Montesquieu empreende determinar as causas da grandeza e da queda das nações e dos impérios. A obra desmente definitivamente o providencialismo de Bossuet (1627-1704), explicando o curso da história por causas exclusivamente naturais, por efeito do clima, do ambiente geográfico, do “gênio” das nações, a expansão (natural ou excessiva) dos domínios e, também, de motivos econômicos. Pela primeira vez se usa o termo decadência em relação a uma nação e seu destino histórico.